Wednesday, July 04, 2007

Bi-bit






-"tchau meninas, até mais!"
-"até!"
Entramos no carro, nos acomodamos. Viravamos a esquina, paramos o carro. Nem sequer pensei em olhar para ver se vinha algo, fui mesmo era olhar as meninas que viravam a esquina e lhes acenar outro "tchau". Mas vi um onibus verde, daqueles bem grandes, turisticos. Estava rapido; passaria de vez, pensei. Então eu rodei, rodei. Tudo era um parque de diversões.

Ouvi alguns gritos, me mandaram sair, saí. Frases sem sentido, ligações, avaliações. Um abraço, sangue. Sangue quente, pingante; Torneira. Vermelho, espesso, pesado, pesado. Desespero, preocupações, e mais sangue. Sangue que não era meu, mas era tambem vivo, pertencente ao meu. Outra deitada ao chão. Soccorros, carros, amigos, parentes, servidores.


Socorro, burocracia, atendimento. Lavei minhas mãos emersas em sangue. Calmaria, calmaria após a tempestade. Tudo isso agora até parece meio engraçado. mas na hora chocou, chocou. e eu pensava na minha aula de literatura que haveria de perder, e como a lua conseguia estar tão branca, pura, minquante, em meio á tanto sangue. sangue em minhas mãos.


calmaria...

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

que coisa;;;;;;sangue.....da pra ir?

12:24 PM  
Blogger Débora Cabral said...

É revoltante como a lua parece indiferente nessas horas né? ¬¬
Uma vez eu quase me afoguei e ela ficou lá, me olhando.

10:21 AM  
Anonymous Anonymous said...

gostei daqui.

3:58 PM  
Blogger frd said...

minquante :BB

6:24 PM  
Anonymous Anonymous said...

quanto sangue! quanto vermelho!

1:15 AM  
Blogger Marina Moura said...

A maioria das coisas se mostra indiferente, porque não é problema delas.
A lua existe por um motivo, certamente existe para não se importar.

Gostei daqui :]

4:31 PM  

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